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Galera esse ai é o meu amigo Cesar de Castro, Cesar além de ser um otimo Locutor também manda muito bem como Dj.
Valeu Cesar
Em uma época em que os recursos eram poucos e a qualidade ótima.
Jingles Sivan Parte 2 (click no player onde esta a foto para ouvir)
Todo acervo de Sivan Castelo neto foi gentilmente cedido por Berto Filho
Sivan criou 481 composições (73 gravadas, 93 aditadas, 87 versões e 234 inéditas) , mas de vez em quando os amigos me pregam surpresas com partituras de músicas que não conheço e até com discos gravados que nunca ouvi ... ele criou e gravou milhares de jingles em seu estúdio mas não existem provas completas dessa produção de atacado ... consegui recuperar alguns desses fonogramas ... mas a maior parte desapareceu ... gravações de jingles, spots e músicas feitas em acetato ainda podem existir em arquivos de rádios ou em mãos de colecionadores ... mas as matrizes das gravações em fita magnética de rolo não existem mais, primeiro porque não existia essa preocupação de arquivar, indexar esse tipo de obra naquele tempo ... as encomendas eram muitas e não havia tempo para refletir sobre isso , acredito eu ... e, em segundo lugar, porque as gravações novas acabavam sendo feitas na mesma fita, apagando as anteriores ... Essas coisas também devem ter acontecido nos primórdios da televisão, as pessoas viviam apenas o momento, e com alta ansiedade ...
Conheça a obra do Mestre Sivan.
Flavio Gomes de Mattos (*) escreveu e Berto Filho leu em 25 de maio de 2007 na ABI, durante a homenagem pelos 103 anos de nascimento de Sivan :
Flávio :
“Lá pelo ano de 1948, Sivan havia produzido um jingle que teria vida, como qualquer outro, se eu não me detivesse nele para transformá-lo na abertura de todas as jornadas esportivas Brahma e do famoso, na época, Carnaval Brahma Chopp.
Era o jingle que tinha como refrão “Quem gosta de cerveja bate o pé reclama, quero Brahma, quero Brahma...” um jingle a ter lugar entre os melhores de todos os tempos já criados no Brasil.
Mas apenas um entre os 3.000 criados por Sivan durante 16 anos seguidos.”
Flávio Gomes de Mattos
Publicitário, alto executivo da Agência Charles A. Ullmmann, que detinha importantes contas nos anos 50, entre elas as da Brahma e do Leite de Colônia. Conheceu Sivan em 1948 e lhe encomendou um jingle para a Brahma. Esse jingle acabou se tornando o mais importante entre os mais de 3.000 criados por Sivan desde que começou a compor, nos anos 20. Sua importância é medida por sua longevidade na mídia (rádio) : 16 anos seguidos, tendo recebido ao longo desse período (de 1948 a 1964, 65) várias versões de ritmos e arranjos, todas gravadas no seu estúdio por músicos do primeiro time do Rio de Janeiro, como Raul de Barros, Copinha, Altamiro Carrilho, Zezé Gonzaga, Chuca-Chuca, spallas do Municipal e muitos outros virtuoses da música erudita e dos clássicos populares.
SIVAN SONOPLASTA
A Universidade da Propaganda Sonora merecia ser mais lembrada. Era Sivan, o mago do jingle que grudava na memória que nem chiclete e fazia o ouvinte comprar tudo o que era anunciado.
O Multimidia Sivan (na era do rádio) está tão esquecido que quase tenho que provar que ele existiu e que sua obra não é ficção, invenção de ilusionista, coisa de filho que adora o pai ...
Sivan (Sivan Castelo Neto quando fazia letra e música), maestro, melodista, compositor, arranjador, letrista, poeta, narrador, professor de locutores, declamadores, atores e cantores, criador de mais de 3000 jingles que saíam em profusão de seu piano para os acetatos gravados por ele mesmo em seu próprio estúdio com aquela mania de perfeição que descobria uma nota errada, perdida, lá no meio dos acordes aparentemente corretos conforme o arranjo que ele mesmo tinha feito...
Sivan não se importava de “perder a faixa” (gravação direta no acetato preto, se tinha erro, a faixa era riscada com lapis amarelo para o sonoplasta da rádio não tocar ...) ... fazia outra, até perdia o disco mas não perdia o cliente, que jamais reclamou de qualidade de som, da qualidade da reprodução do som na rádio...
... e aí entra o SIVAN SONOPLASTA, o escultor do som do Estudio Sivan.
Numa época em que o ouvido do sonoplasta-maestro era a última palavra, bem antes da chegada das tecnologias que sucederam a gravação direta no acetato...
Foi aí que eu “nasci” e afinei as cordas da garganta para um dia começar a gravar em dupla com Cid Moreira, Carlos Henrique, Alberto Cury, Reinaldo Costa e dezenas de outros azes dos microfones das rádios cariocas ...
Sivan criou 481 composições (73 gravadas, 93 aditadas, 87 versões e 234 inéditas) , mas de vez em quando os amigos me pregam surpresas com partituras de músicas que não conheço e até com discos gravados que nunca ouvi ... ele criou e gravou milhares de jingles em seu estúdio mas não existem provas completas dessa produção de atacado ... consegui recuperar alguns desses fonogramas ... mas a maior parte desapareceu ... gravações de jingles, spots e músicas feitas em acetato ainda podem existir em arquivos de rádios ou em mãos de colecionadores ... mas as matrizes das gravações em fita magnética de rolo não existem mais, primeiro porque não existia essa preocupação de arquivar, indexar esse tipo de obra naquele tempo ... as encomendas eram muitas e não havia tempo para refletir sobre isso , acredito eu ... e, em segundo lugar, porque as gravações novas acabavam sendo feitas na mesma fita, apagando as anteriores ... Essas coisas também devem ter acontecido nos primórdios da televisão, as pessoas viviam apenas o momento, e com alta ansiedade ...
TEXTO BERTO FILHO, FILHO DE SIVAN CASTELO
MIXAGEM: RICARDO MENDES